Assimetria mamária: o outro lado do espelho
Os corpos simétricos são uma impossibilidade e, na verdade, somos diferentes de um lado e do outro do nosso corpo. Não é por isso que não somos belos. Contudo, quando a assimetria é visível e incomodativa, é possível corrigir um dos lados com a cirurgia plástica.
Como referi, não somos seres simétricos e há diferenças nos chamados órgãos pares, pois é bastante comum as comparações entre uma mão e outra, um olho e outro, uma coxa e outra, uma mama e outra. A realidade é que eles são diferentes entre si, embora pareçam iguais; o nosso lado direito não é simétrico ao nosso lado esquerdo.
A assimetria do corpo é algo com que convivemos diariamente e nem damos por isso, mas por vezes sentimos que temos um problema quando a diferença se torna notória e a pessoa se sente desconfortável. Na minha prática clínica a região do corpo que mais queixas suscita é a mama.
A assimetria mamária traduz-se numa diferença visível na mama da mulher. Seja por questões genéticas, hormonais, amamentação (o bebé acostumar-se mais a uma mama) ou devido a um acidente ou tumor, a assimetria mamária pode ter um impacto muito negativo na vida da paciente.
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O procedimento cirúrgico tem por objetivo reequilibrar as mamas, seja realizando uma mamoplastia de redução de um lado, uma mamoplastia de aumento do outro ou uma mastopexia. Compreendemos facilmente que quando uma mama é desproporcionalmente maior que outra fará todo o sentido realizar uma mamoplastia de redução. Por outro lado, quando temos uma mama muito mais pequena que outra, podemos realizar uma mamoplastia de aumento de um dos lados e simetrizar o mais possível.
Aqui uma avaliação individual e atender às queixas e expectativas da paciente é muito importante. Tal como mencionei, e pela minha experiência, a situação mais recorrente é uma mama ter um maior volume do que a outra. Refiro-me a diferenças significativas e que tenha impacto na autoimagem da mulher. A ideia é conseguir um tamanho semelhante entre ambas podendo também ser necessário, ou não, reposicionar a aréola e o mamilo. É importante que se obtenha um resultado natural e, acima de tudo, equilibrado com o resto do corpo.
As preocupações e necessidades variam de pessoa para pessoa e de acordo com o seu caso e o procedimento e a aplicação das técnicas serão diferentes consoante o tipo de assimetria. Quer isto dizer que este tipo de cirurgia é totalmente adaptável à paciente e ao seu problema em concreto visto que existem os mais diversos tipos de distinções possíveis.
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Este melhoramento estético permite a cada paciente uma recuperação da sua autoestima e confiança e que a sua atitude seja diferenciadora no dia-a-dia. Saliento que recebo pacientes em que a simples utilização diária de um sutiã se torna complexa e desconfortável pois por vezes um único tipo de copa não se adapta a ambas as mamas dada a diferença de tamanho.
Na hora de optar pela melhoria do espelho da simetria, tenha sempre em conta alguns aspetos que podem garantir o sucesso e segurança da sua cirurgia. A escolha de um médico devidamente certificado pela Ordem dos Médicos Portuguesa, o ambiente hospitalar e a qualidade da equipa médica são elementos a ter em conta.