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Strahov Abbey, Praga, República Checa. Fundado em 1143, o mosteiro foi ideia do bispo Olomouc Jindrich Zdík. Em 1258, foi fortemente danificado pelo fogo, mas mais tarde renovado. Contudo, em 1420, no período do movimento Hussite, foi atacado pelos cidadão de Praga e vários livros, artigos de culto e de mobiliário foram queimados. Embora o edifício não tenha sofrido grandes danos do ponto de vista arquitetónico, o mosteiro levou muito tempo para se recuperar do desastre.

Tripitaka Koreana, Haeinsa Temple, Coreia do Sul. «Visitar esta biblioteca foi uma experiência preocupante e extraordinária. Escalámos uma montanha apenas para nos dizerem que não estávamos autorizados a fotografar o seu interior. Felizmente, tínhamos um estudante coreano connosco que suplicou com Abott e, aos poucos e poucos, conseguimos negociar a nossa entrada. A coleção é muito reveladora porque apercebes-te de que não estás a olhar para livros, mas blocos impressos que datam do ano 1251, o que nos relembra que os coreanos já imprimiam séculos antes de Gutenberg», conta Will Pryce.

Tiayni Chamber, Ningbo, China. «Esta é a biblioteca sobrevivente mais velha da China e data do ano de 1561. É muito escura porque não é suposto ler-se dentro da biblioteca, mas sim levar o livro para o jardim ou para o quarto. Os livros foram removidos, por isso, esta é a última fotografia tirada com os livros nas suas prateleiras originais», conta James Campbell.

The Peabody Library, Baltimore, Estados Unidos. «Este local é extraordinário, um templo da era industrial que recria quase o efeito de uma catedral. Existem milhares de livros onde quer que se olhe e balaustrados lindos. Apesar de todos os detalhes clássicos, a biblioteca é feita de ferro que suporta o peso desta biblioteca gigante em cima de uma sala de concertos», diz Will Pryce.

Biblioteka Malastestiana, Cesena, Itália. «Isto é o mais próximo que se pode encontrar de como uma biblioteca medieval se parecia. Foi construída por Malatesta Novello, um membro de uma família italiana aristocrática e ainda contêm livros originais, nos seus lugares originais», conta James Campbell.

Merton College Library, Oxford, Inglaterra. «Apesar de o edifício ter sido concluído em 1373 e ser umas das bibliotecas académicas mais velhas do mundo a serem frequentadas diariamente, as datas de instalação remontam aos anos 60», conta James Campbell.

Biblioteca Marciana, Veneza, Itália. «É uma peça de design extraordinária, uma declaração de confiança da parte da República Veneziana. Foi desenhada por Jacopo Sansovino, mas a construção só foi concluída após a sua morte. (…) O design de interiores soberbo da biblioteca dá-nos uma noção de riqueza da vida cultural veneziana neste período», explica Will Pryce.

The Bodleian Library, Oxford, Inglaterra. «Arts End é um dos cantos mais encantadores de todas as bibliotecas que constituem a Bodleian. Debaixo das galerias existem pequenas secretárias onde os leitores estão cara-a-cara com um dos sistemas mais recentes de prateleiras de biblioteca»., conta Will Pryce.

Admont Abbey Library, Admont, Austria. «Esta é uma das maiores bibliotecas monásticas alguma vez contruídas. Cada pormenor é arte. Os corredores e as escadas que levam ao seu interior são relativamente simples, por isso, quando se entra neste espaço deslumbrante repleto de luz é quase como que um momento de revelação com um efeito teatral. Não há secretárias para trabalhar porque as divisões desta biblioteca não foram feitas para estudar, mas para impressionar os visitantes», explica James Campbell.

Philip Exeter Academy Library, New Hampshire, EUA. «Esta é talvez a maior biblioteca colegial alguma vez construída. De fora, parece uma caixa de tijolo perfurada por janelas, mas por dentro é completamente diferente. (…) As estantes encontram-se por trás da estrutura dominante e os alunos podem ler com privacidade, junto às janelas que podem decorar com os seus próprios bens», diz James Campbell.

Biblioteca Joanina, Coimbra, Portugal. «Esta é uma biblioteca muito imponente dos tempos em que Portugal era um país rico e poderoso. É muito escura, mas dispõe de uma grande quantidade de folha de ouro que lhe confere luminosidade mágica. As traseiras das estantes têm todas uma cor diferente, escadas integradas que podem ser puxadas para fora e portas secretas que conduzem a salas de leitura», conta Will Pryce.

The Escorial Library, Madrid, Espanha. «Esta biblioteca foi inovadora. Estabeleceu o modelo de utilizar livros para decorar as paredes da biblioteca, algo que temos feito desde então. O salão principal é uma combinação harmoniosa de prateleiras de livros e de um teto maravilhosamente pintado. Foi finalizada em 1585 e influenciou tudo o que foi feito posteriormente», explica Will Pryce.

Biblioteca do Palácio de Mafra, Portugal. «A Biblioteca do Palácio de Mafra é a biblioteca monástica de estilo Rococo mais longa do mundo, com os seus 88 metros. Infelizmente, o seu design original foi perdido, mas pensamos que terá sido coberta por folha de ouro e um teto pintado. Devido ao facto de a construção ter sido iniciada em 1717 e finalizada em 1771, no seu fim, foi adotada uma decoração mais simplificada», explica James Campbell.

Beinecke Rare Book and Manuscript Library, New Haven, EUA. «De fora, aparenta ser uma caixa branca, mas há um elemento surpresa quando se entra. Toda a luz é emanada pelas pedras da parede e as gotas cor de mel dos raios solares são mágicas. É umas das maiores bibliotecas do mundo dedicada apenas a livros raros e manuscritos e celebra o seu 50º aniversário este ano», diz James Campbell.

Utrecht University Library, Utrecht, Holanda. «Esta é uma das melhores soluções que já vi em termos de construção de uma biblioteca a uma escala contemporânea. De fora é um simples retângulo, mas por dentro foram abertos uma série de espaços para trabalhar. Existem áreas isoladas para quem gosta de estar rodeado de livros e outros espaços mais abertos para quem gosta de estar rodeado de pessoas. Pareceu-me bastante popular entre estudantes», conta Will Pryce.