Home»ATUALIDADE»ESPECIALISTAS»Ame-se e deixe-se amar sem sentir culpa

Ame-se e deixe-se amar sem sentir culpa

Pinterest Google+
PUB

Se cada um tratar/cuidar/amar a si próprio como trata/cuida/ama o outro terá maior probabilidade de ter em quantidade e qualidade para os outros. Se nos damos exclusivamente aos outros e temos a expectativa de que os outros nos deem o equivalente corremos o risco de estar sempre em défice.

 

Quantas vezes não avaliou a sua vida pensando que está lá sempre para os outros e quando precisa não há lá miguem para si? Se isto já lhe aconteceu ou acontece frequentemente é porque provavelmente não se ama o suficiente. Não entregue nas mãos dos outros a responsabilidade de amar. Resgate para si essa função e verá que muitas coisas na sua vida podem mudar! Aprenda a receber amor, atenção e carinho na mesma proporção que gosta de dar. Elimine da sua vida a sensação de que só é feliz, ou é mais feliz, a dar do que a receber e vai ver que muita coisa se transforma em seu redor.

 

Por outro lado, é indispensável abandonar a sensação de egoísmo quando o centro das suas atenções for você próprio. Se tudo acontecer de forma equilibrada, não podemos considerar isso egoísmo. Não é salutar sentir-se culpado por ter pensado em si antes de pensar primeiro não outros. O que é natural é pensar em si e fazê-lo de forma que os outros não sejam prejudicados. O amor é inesgotável desde que seja alimentado. Se a fonte for bem tratada nunca terá razões para secar.

 

Traduzido esta perspetiva para a vida sexual é importante saber o que gosta e quer para perceber se os seus desejos são concedidos em paralelo com a sua entrega ao outro. Se o parceiro se dedicar a si não questione ou ponha em causa julgando que é tudo feito de forma interesseira por se querer algo em troca. Nada na vida chega de forma desinteressada. Na maioria das vezes também nós fazemos as coisas com intenção de algo em troca e isso não está errado o que não funciona é pensarmos que esse sistema é prejudicial.

 

Quando falamos de amor incondicional pensamos normalmente no amor pelos filhos, mas de forma global esse amor não é desprovido de intenção. Em última análise queremos em troca o amor dos filhos. Falar de amor incondicional é projetar um ideal que nem sempre é tangível. Esperar seja o que for em troca é legítimo, mas se estamos focados única e exclusivamente no outro não temos possibilidade de sentir quais os benefícios que retiramos da nossa entrega.

 

Quando damos ou amamos ficamos sempre a ganhar o segredo está no foco. Devemos amar porque queremos e se alguma retribuição chegar devemos sentir-nos gratos por isso e não culpados por estarmos a esgotar os recursos dos outros.

 

Quantas vezes na interação sexual se desliga o botão do prazer por terem chegado pensamentos tais como: “Já deve estar cansado de tanto dar e já deve estar à espera de receber!” Mesmo que o outro não tenha dado mostras de cansaço ou desinteresse. Muitas vezes este é apenas um bloqueio à nossa capacidade de receber e a nossa capacidade de estar ao serviço está a ser posta à prova.

 

Ame-se na devida proporção que ama os outros e aprenda a receber o que os outros têm para si, e muita coisa mudará na sua vida sexual. Seja feliz amando o que tem mais próximo de si…você mesmo.

 

 

Artigo anterior

10 mitos alimentares

Próximo artigo

Há mar, amar e amor… No estado líquido