Como manter uma boa alimentação no verão
O verão é a estação do ano mais propícia ao lazer, especialmente para as idas à praia e à piscina, para os passeios ao sol, a prática de exercício físico e para apreciar a natureza. Mas, para poder tirar o máximo partido de um verão agradável, sem preocupações e mantendo a saúde é necessário seguir algumas recomendações.

Cuidados no armazenamento e conservação dos alimentos
É necessário relembrar que no verão, devido às temperaturas elevadas, os alimentos podem deteriorar-se mais rapidamente. Assim, ao comprar frutas, vegetais e legumes devemos analisar atentamente o seu estado geral, evitando comprar aqueles que estiverem murchos, manchados e pisados.
O armazenamento deve ser feito logo após as compras e sob refrigeração. Para isso, devem utilizar-se as gavetas inferiores do frigorífico para as frutas e verduras. Também não se deve esquecer que existe no frigorífico a parte da congelação, para o armazenamento das carnes e peixes em geral.
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As carnes só devem ser conservadas no frigorífico a temperaturas de refrigeração, quando consumidas no próprio dia em que foram adquiridas. Dessa forma, pode-se evitar o crescimento e o desenvolvimento de microrganismos prejudiciais à saúde, pois o consumo de alimentos mal conservados pode conduzir a intoxicações alimentares.
Na praia, onde as temperaturas costumam ser mais altas, deve-se ter um cuidado especial, por isso, devem-se conservar os alimentos em recipientes ou bolsas térmicas e mesmo em caixas plásticas.
Há que ter atenção às sanduíches feitas, especialmente às que contenham patês, maionese, ovos… pois podem estragar-se facilmente. A refeição ideal terá frutas e saladas variadas bem lavadas, uma sanduíche de pão de mistura com queijo flamengo, peito de peru, tomate e cenoura ralada!
Hidratação
É nesta altura que as perdas de líquidos e de sais minerais pelo organismo são superiores comparativamente com outras estações do ano, devido à transpiração excessiva, ao esforço físico ou a alterações do tracto gastrointestinal provocadas pela ingestão de alimentos contaminados ou mal conservados, que podem levar a vómitos e diarreias.
Para prevenir a desidratação, devem-se vestir roupas mais leves, fazer exercício físico nos períodos mais frescos do dia (antes das 10h ou depois das 17h), preferindo locais arejados e com sombra, e deve-se essencialmente, estar atento à selecção, conservação e à forma de preparação dos alimentos, não esquecendo de ingerir líquidos constantemente.
Um adulto perde em condições normais um volume de aproximadamente 2,5 litros de água por dia. Assim, a ingestão diária deve cobrir a sua eliminação. As frutas e os legumes contêm entre 70 e 95% de água, um ovo contêm 75%, as carnes, aves e os peixes, entre 40 e 60% e os pães só 35%. O volume restante, de aproximadamente 1,5 litros, deverá ser ingerido sob a forma de líquidos como água pura, chás, sumos, caldos, tisanas, entre outras alternativas.
Especialmente no verão deve-se ter em atenção as bebidas alcoólicas que são consumidas com maior frequência, como as cervejas. Quando ingeridas em grandes quantidades, para além de promoverem alterações psico-motoras, estas bebidas podem levar a uma desidratação maior, pois o álcool “retira” a água das células, agindo como um diurético, ou seja, estimula a formação de urina, com a consequente perda de água pelo organismo.
Deve-se recordar que a libertação de suor é, para além da perda de água, a perda de sais minerais, principalmente sódio, potássio e cloretos, que são fundamentais para o equilíbrio electrolítico do organismo e que devem ser repostos.
Para isso, uma boa opção são os sumos de frutas naturais, que são boa fonte destes minerais, vitaminas e de água. Muitas das vitaminas existentes na fruta têm uma acção antioxidante, ou seja, ajudam a combater os radicais livres (substâncias que aceleram o envelhecimento das células e o aparecimento de doenças crónicas). Optar pela fruta da época é o que devia ser recomendado.