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A verdade sobre a mentira revelada pela ciência

Uma mentira leva sempre a outra mentira e este estudo é a prova de que os pais têm razão neste aspeto. A desonestidade é um ciclo vicioso. A 1 de abril assinala-se o Dia das Mentiras.

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O cérebro torna mais fácil a mentira devido à diminuição da atividade de uma parte do cérebro, de acordo com um estudo da ‘University College London’, Inglaterra.

 

O estudo, publicado na revista ‘Nature Neurosience’, testou as tendências das pessoas desonestas durante a digitalização da atividade dos seus cérebros numa máquina de ressonância magnética funcional.

 

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O grupo de investigadores mostrou aos participantes (80) uma jarra com dinheiro dentro. Foi-lhes dados incentivos caso mentissem ou dissessem a verdade a um parceiro quanto ao valor de dinheiro que a jarra continha. Em algumas condições, tanto o participante como o parceiro beneficiaram da mentira, noutros casos apenas o participante ou o parceiro beneficiou (sem custo para qualquer um).

 

Num outro cenário, tanto o participante como o parceiro beneficiaram, mas graças à mentira do participante. Em cada caso, as mudanças cerebrais dos participantes foram analisadas enquanto tomavam as suas decisões.

 

O estudo descobriu que, quando as pessoas foram desonestas, a atividade de uma parte do cérebro – amígdala, centro de processamento da excitação emocional – mudou. Em cada cenário, quanto mais desonestamente o participante aconselhou o seu parceiro, menos ativa se observou a amígdala. Isto porque a mentira provoca excitação emocional e ativa a amígdala, mas com cada mentira adicional a excitação e os conflitos que surgem de uma inverdade diminuem, tornando-se ainda mais fácil mentir.

 

A amígdala também se tornou menos ativa quando as pessoas mentiram para benefício próprio. Por outras palavras, o interesse próprio parece impulsionar a desonestidade.

 

«Parte da excitação emocional que vemos quando as pessoas mentem deve-se ao conflito entre a forma como estas se veem a si mesmas e as ações que acabaram de ter», elucida Tali Sharot à ‘Time’. «Mente-se para benefício próprio, mas ao mesmo tempo isso não encaixa no padrão de pessoa que se quer ser, que é uma pessoa honesta.»

 

 

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