A criatividade no design: será magia ou inspiração divina?
No mundo das artes é muito importante ser original, ser diferente, destacar-se por fazer algo que os outros não fazem. No fundo, é necessário ser-se criativo e criar algo único, algo novo. A criatividade será um dom? Será algo que apenas poucas pessoas têm? O que é isso da criatividade?

O pensamento criativo é um processo que vai por etapas: em primeiro lugar temos a preparação, que no design pressupõe a perceção do problema apresentado pelo cliente.
Temos em seguida a etapa da incubação que é a fase em que se recorre a imagens recolhidas em feiras, revistas, em livros e na internet. Nesta fase estamos a recolher a informação a nível sensorial e a juntar na nossa cabeça de forma a tentarmos criar novos espaços, novos ambientes.
Em terceiro lugar aparece a fase da iluminação, aquela em que se dá o “é mesmo isto”, o “ah-ah”, em que aparece a chave que desfaz todo o mistério ou resposta ao problema inicial, por exemplo, um sofá que esteja dentro do estilo, do tamanho e que resolva a necessidade do cliente. Ou aquela organização espacial que agrada a todos: designer e clientes.
Por último, a verificação é a fase que transporta a solução do nível abstrato para o real, concretizar e verificar que efetivamente a solução encontrada funciona.
Estas etapas não ocorrem sem que haja dois desestabilizadores do processo. Não, este processo não é sempre fluído. Por vezes surgem alguns contratempos. Isso pode ter a ver com a pouca experiência das pessoas no processo de criatividade. Poderão existir bloqueios no processo, desencadeados pelo nosso estado de espírito também ou se gostamos do que fazemos. A voz crítica pode surgir na nossa cabeça e dizer-nos: “Esta ideia não deve ser assim tão boa, melhor ir por outro lado”, “As pessoas não vão gostar desta minha solução” ou “O meu colega faria melhor”.
O que fazer nestes bloqueios e como calar essa voz para retomar o processo criativo no design? Nada melhor do que falar com amigos e dizer-lhes o que estamos a ouvir na nossa cabeça e eles vão fazer-nos pensar de outra forma.
Partilhar ideias também é ótimo para a criatividade, tal como pesquisar imagens, sair da nossa zona de conforto e arriscar, fazendo algo “out of the box” e conhecer mais referências da área.
Estas são dicas para se aplicarem principalmente no design, mas também nas restantes áreas da nossa vida!