A arte de cozinhar… e os seus benefícios
Nos dias que correm, a comida “caseira” fica apenas para os fins de semana ou em alguns casos só na casa dos avós, não é verdade? Mas os benefícios de cozinhar vão além da alimentação saudável.
A cada dia que passa na gastronomia inventam-se dezenas de receitas. O interesse pela arte de cozinhar desperta em muitos jovens adultos o proveito de se tornarem conhecidos chefs de cozinha. Porém, por outro lado, temos cada vez menos pessoas (mulheres e homens) que gostam de cozinhar diariamente para toda a família.
Devido à agitação do dia a dia, quanto mais cómodo, rápido, fácil, for a forma de preparar uma refeição, melhor. E se for possível optar-se por comer fora de casa, melhor ainda.
As mulheres, mães e donas de casa que antes tinham o papel de cuidar da casa, de passar a ferro, de cozinhar, nos dias de hoje, têm um emprego, logo menos tempo para a lida da casa. Assim, essa tarefa tem de ser feita juntamente com os restantes membros da família. Quando se referem a ir comer, restaurantes, fast-foods, refeições pré-cozinhadas e congeladas e lanches são geralmente as opções preferidas.
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A comida “caseira” fica apenas para os fins de semana ou em alguns casos só na casa dos avós, não é verdade?
No estilo de vida das famílias, existe o lado positivo e negativo desta mudança. Sem dúvida nenhuma que nos dias de hoje existem inúmeros benefícios, mas é fundamental referir que o hábito de deixar de fazer o jantar com a família, e de fazer as refeições num ambiente agitado, com alimentos ricos em gordura, sal e açúcares, está associado a alguns distúrbios alimentares.
Por isso, é necessário repensar o quanto “ganhamos e perdemos” com as nossas escolhas. Acredito que o equilíbrio, o meio-termo, é uma excelente opção. Não abandone a arte de cozinhar, faça do ato de cozinhar uma terapia nos momentos possíveis e dê mais saúde e atenção a si e à restante família.
Em seguida veja alguns benefícios de cozinhar. Não se esqueça que cozinhar pode ser uma forma de descontrair, de relaxar e de se divertir.
Vínculo emocional
– A relação do alimento com a vida quotidiana é evidente e muito presente nas nossas vidas. O alimento une as pessoas, aproxima um amigo, um familiar, um colega. Participar em refeições em grupo, comemorar determinada data com uma refeição, servir entradas e outros alimentos às visitas de casa, toda esta panóplia de situações é importante para criar e aumentar os vínculos entre nós.
– O ato de cozinhar é uma forma de promover a união com a família durante essa refeição. Conhecer o dia a dia de cada um, trocar informações, comemorar determinada situação, etc. Conversar, isto é, ouvir e falar favorece as relações familiares.
– Quando se prepara um jantar romântico, a intenção é de agradar ao outro, cuidar, fazer um miminho. A pessoa amada reconhece o gesto, e isso fortalece ainda mais o relacionamento.
– Quem não se lembra, quando ficávamos doentes, do cheirinho e do sabor do nosso prato preferido que a nossa mãe preparava para nós? Ou daquele bolo de iogurte (ou outro) aos fins-de semana? São sensações que nunca nos vamos esquecer e que nos fazem recordar momentos agradáveis das nossas vidas.
Saudável
– Se formos nós a prepararmos a refeição, existe uma maior confiança em relação à higiene e à procedência dos alimentos utilizados. Isto significa que estamos mais seguros em relação à prevenção de determinadas doenças de origem alimentar.
– Os produtos alimentares industrializados têm uma grande quantidade de sódio, gordura, açúcar e aditivos alimentares presentes, necessários para a conservação do alimento. Quanto mais natural for a refeição que for preparar, menos sódio e menos aditivos vai conter.
– Se formos nós a cozinharmos em casa, sempre podemos escolher a forma de confecção das refeições e evitar o consumo de fritos, preferindo os assados, os grelhados e os cozidos, por exemplo.
– Temperos naturais como especiarias, ervas aromáticas e limão são excelentes para dar sabor às preparações e são óptimas opções. Quem se “aventura” na cozinha e tem criatividade, geralmente, recorre a estes temperos e cria apetecíveis e saborosas refeições.
Terapia
– Há quem diga que cozinhar é uma arte. Mas também pode ser um grande prazer. Cozinhar pode ser uma forma de descontrair, de relaxar, e de se divertir.
– Cozinhar é uma terapia que contribui para o bem-estar e o equilíbrio emocional. Preparar as refeições pensando nas pessoas que a irão comer, os elogios que irá receber, faz com que a pessoa se distraia e se esqueça dos seus problemas.
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Ato de amor
– O cuidado e a atenção de quem cozinha são importantes. Para que haja esse cuidado e para que se possa alegrar a pessoa a quem se vai oferecer a refeição, é preciso eliminar ou mudar o pensamento de que cozinhar é aborrecido, de que é trabalhoso, etc. Deve-se mudar o pensamento, e lembrar que, para além dos alimentos, a pessoa vai “absorver” também o sentimento com que nós fazemos/fizemos a comida.
– Se preparar o alimento com carinho/ternura, surgirá nas pessoas o sentimento de fraternidade e de agradecimento por aquela refeição. Experimente fazer com este intuito.
– Para aqueles que já apreciam o hábito de cozinhar, não o percam, e, para os que não gostam, descubram o bem que pode fazer a si e aos outros.